09 maio, 2012

é simples



Eu não sou contra o casamento, desde que se reformulem as expectativas. Acredito que quanto mais as individualidades forem respeitadas, mais longe se vai a relação.
Eu sou leal. Pra esse ser humano eu vou ser totalmente exclusiva em tudo, e aí com ele eu sou totalmente liberta. Eu sou do tipo “mulher louca” para um homem só. Me queira. Mas me queira inteira e só a mim. 
Adoro homem inteligente, acho que a sedução está na inteligência e no bom humor. Esse é o que me leva. Tem de ter sabedoria. Isso me tira o chão. Eu gosto de coisas interessantes, que mexam com o meu subterrâneo. Gosto do que vai além do normal, do que vai além do óbvio.
Até queria ser romântica, acho bonito. Mas sou mais prática. Não caí nessa história de homem perfeito e casamento ideal.
Concordo totalmente com o ditado ‘Não faça do amor um objetivo de vida’. Meu equilíbrio não depende de ninguém.Não é saudável mudar em função do parceiro. Adaptações são necessárias e normais, mas se tornar outra pessoa, aí não dá.
Marido é um companheiro, o parceiro, não pode ser toda nossa vida, temos que aprender a ficar em pé por nós mesmas, ele não pode ser nossa bengala nem nossa muleta. Quero compartilhar minha vida com alguém, não tentar virar um só. Individualidade é essencial.

Seja lá o que for... Contar com o outro. A mágoa é possível, mas não deixar que a mágoa se transforme em amargura e rancor. O amor requer paciência e um tempo filosófico pra você se questionar. Não é o caminho do maior peito, da plástica ou então ficar trocando de paixão pelo resto da vida. Se você quer que ele dure, o amor, tem que perdoar sempre. E isso é difícil demais!
Casamentos costumam falhar por excesso de rotina. Uma vez conhecido o brinquedo a criança não quer mais, quebra-o provavelmente de ódio por não ser mais novidade. A novidade é a alma do negócio, a fonte do prazer. No amor e em outras volúpias congêneres. A fonte do prazer não é o instinto, é o conhecimento.


Eu tenho dentro de mim essa coisa de sensualidade e do corpo muito reservada pra quem eu dedico meu afeto/desejo, talvez um dia eu possa separar uma coisa da outra, hoje não. E isso não me faz menos mulher do que nenhuma outra. Não acho que exista uma receita do que é ser sensual e não acho que faça parte do estereótipo da mulher sensual. Você pode estar com fio dental, salto alto e não ser sensual. Tem muito mais a ver com movimento, abordagem.
Eu acredito que a sexualidade tem haver com o inconsciente e com as facilidades e dificuldades da vida. Não é fácil. Sexualidade é uma coisa inquietante, o amor é uma coisa inquietante. É uma coisa que tá muito em moda hoje em dia, “tudo é normal”. Então do “tudo normal” eu acho muita coisa bem esquisita. Não é que seja imoral, só que pra mim é irreal. Não é verdade que a sexualidade seja uma coisa assim tão fácil, não é uma brincadeirinha. Pode até ser uma coisa leve, e eu acho que DEVE SER, mas não é um joguinho, é uma coisa mais delicada.
Eu sei que numa rotina vão existir momentos apenas de prazer, fazer pelo prazer, sem muito bla-bla-bla.Sexo sem amor é possível, mas eu não me sentiria bem. 
Como meu perfil não é de pegação, as coisas para mim vêm mais de um contexto, de uma familiaridade. O que me seduz é mais a sutileza, a personalidade, do que uma indireta ou direta. Vai por outro caminho. Não me lembro de nada que eu possa retratar que não faça parte de uma história, de um contexto, que seja mais a longo prazo. 
Eu cuido dos meus sentimentos. Sei que o sexo é importante num relacionamento, é um negócio mais psicologicamente importante para mulher e mais fisicamente importante para o homem. E por isso nunca fui dada a promiscuidade, sexo sem amor e tal, prefiro esperar o que eu estou esperando. Nesse sentido, se quiser chamar de conservadorismo, tudo bem. Não acho que seja, acho que é o jeito de cada pessoa.